Reconhecer a legitimidade das variedades linguisticas significa rejeitar a norma-padrão?Por quê?

Não, reconhecer a legitimidade das variedades linguísticas não significa rejeitar a norma-padrão. A norma-padrão é um conjunto de regras e convenções estabelecidas para uma língua, geralmente associada à forma escrita e utilizada em contextos formais, como na educação, na mídia impressa e na comunicação oficial.<br /><br />As variedades linguísticas são formas diferentes de uma língua, que podem incluir dialetos, sotaques, gírias, jargões, entre outros. Essas variedades podem ter características fonéticas, morfossintáticas e lexicais distintas, mas todas são formas legítimas de expressão linguística.<br /><br />Reconhecer a legitimidade das variedades linguísticas significa valorizar e respeitar a diversidade linguística presente em uma sociedade. Isso implica em aceitar que diferentes formas de falar são igualmente válidas e adequadas em determinados contextos, independentemente de seguir ou não a norma-padrão.<br /><br />É importante ressaltar que a norma-padrão não é um padrão absoluto e imutável. Ela pode variar ao longo do tempo e de acordo com diferentes contextos sociais e culturais. Além disso, é importante lembrar que a legitimidade de uma variedade linguística não está relacionada ao seu valor intrínseco, mas sim ao reconhecimento social e à aceitação da comunidade linguística.<br /><br />Portanto, reconhecer a legitimidade das variedades linguísticas não significa rejeitar a norma-padrão, mas sim valorizar a diversidade linguística e respeitar a legitimidade de diferentes formas de expressão. Isso contribui para uma maior riqueza e enriquecimento da língua, permitindo que diferentes vozes e perspectivas sejam expressas de forma adequada e significativa.